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Sistema Barreirão Plus promove recuperação de pastagens e alto retorno econômico

O sistema Barreirão convecional é uma tecnologia de recuperação/renovação de pastagens em consórcio com culturas anuais, com destaque para arroz de terras altas (sequeiro) e milho. Esse sistema foi desenvolvido na década de 80 pela Embrapa e atualmente, tem sido bastante utilizado para servir como ponte para a implantação da integração lavoura e pecuária (ILP).

A integração lavoura-pecuária pode ser definida como a diversificação, rotação, consórcio e/ou sucessão das atividades de agricultura e de pecuária dentro da propriedade rural de forma harmônica, constituindo um mesmo sistema, de tal maneira que há benefícios para ambas.

O sistema Barreirão Plus se caracteriza pelo consórcio de forrageiras de elevada produção e alto valor nutritivo, em consórcio com cultivares de arroz que possuem tecnologia “Clearfield”, ou seja, são portadoras de genes que conferem resistência aos herbicidas do grupo químico das imidazolinonas. Esta característica foi obtida, inicialmente, através de mutação induzida e transferida para cultivares e híbridos comerciais através do melhoramento genético convencional. Esta tecnologia é indicada para utilização em sistema de plantio direto, principalmente, em áreas com problemas de plantas daninhas, sendo uma alternativa promissora para o controle de arroz vermelho.

Para esse consórcio foi utilizado como cultura de grão, a cultivar BRS A501 CL, que é a primeira cultivar de arroz de terras altas com tolerância ao herbicida Kifix®, do grupo químico das imidazolinonas (525 g kg-1 de imazapir + 175 g kg-1 de imazapique).

De maneira prática, esse herbicida pode ser aplicado em qualquer fase da cultura do arroz CL, ou seja, desde a semeadura até a fase final de perfilhamento, por ser altamente seletivo à cultura. Além disso, possui efeito residual sobre a germinação de sementes de algumas plantas daninhas, o que lhe confere a característica tanto em pré-emergência quanto em pós-emergência. O importante é que seja respeitado o período crítico de interferência das plantas daninhas com o arroz, visando manter a cultura no limpo até, aproximadamente, 30 dias após a emergência.

A forrageira utilizada foi a cultivar BRS Zuri (Panicum paximum), uma gramínea cespitosa com capacidade produtiva de 20 a 28 toneladas de ms/ha/ano, além de alto valor nutritivo, o que pode oferecer uma produtividade média de 175 kg de peso vivo/ha na seca e de 511 kg de peso vivo/ha nas águas, produtividades estas 10% maior que a cultivar Mombaça. Além do mais, possui como grande diferencial, a resistência às cigarrinha-das-pastagens e o alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis.

Para um custo total de R$ 3.657,72 que envolveu todas as etapas de preparo de solo, correção, sementes, defensivos e mão de obras e operacionais de máquinas, obteve-se uma receita líquida de R$ 1.237,28, além de uma capacidade lotação animal de 84 vacas paridas para uma área de 21 ha, em sistema de rotação de 4 piquetes.

Por: Otávio Luz

Doctor Science em Produção Vegetal

DSc. Otávio Luz
14/08/2019
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